QUASE UM SONETO

I

É no vazio do coração que o fim passa a ser ineficaz
Já que todas as esperanças foram antes desperdiçadas
Na futilidade de sentimentos simulados em palavras otimistas
Forjando assim sua insígnia de cafajeste perspicaz.

É no escuro que a solidão de abstrata torna-se palpável
E a perspectiva de dias melhores são dissipadas no derrotismo
Cronico e cíclico das vidas vagas, lúgubres... Num mundo nada amável
De pessoas gris, comodistas... O que me distancia tanto do altruísmo.

E o que me resta? A não ser amar uma quimera piegas.
Que apesar da impossibilidade do sentir e na certeza do desamor
O grande histrião aqui acredita e torna fidedigno que encontrara seu ás.

E nas linhas tristes antes escritas felicidade há de encontrar
Já que nem todas as cóleras do mundo podem ser suprimidas
Ao menos as minhas irão desvanecer-se. Pois vou intentar de amar!!!

J Mario Cavalcante


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