POBRE ZÉ

Há dias em que sento entre a platéia de um circo fúnebre.
Onde a obscuridade até que é benevolente
Diante das circunstâncias sombrias na qual passam-se os dias.
Hoje vi fantoches de sucesso trabalhar pro homem sem face
Exauriram direitinho cada gota de auto-estima do pobre Zé.
Parabéns! Aplausos fervorosos ecoaram dentro da cabeça
E a platéia em couro a vociferar:
Lá se vai mais um derrotado!
Lá se vai mais um derrotado!
Mas por que ele não desiste?
Já que caminha de ombros caídos, fisionomia triste 
E cheio de trejeitos esquisitos advindos de varias frustrações.
Ele esta preste àtravessar a tênue linha do discernimento
Será essa a liberdade dos desencontrados?
Se virar pra dentro da cabeça onde tudo acontece do seu modo.
Pobre Zé, acredita que a perfeição só existe no irreal
Tornando a realidade assim imperfeita.
Ousou pensar que felicidade não passa de um desconcerto organizado.
E o amor um breve devaneio facil de confundir com ideal de vida.
Mas por que ele não desiste?

J. Mário Cavalcante

 

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