Amadurecer é perceber que nem todo sapato cabe no pé
Via de mão dupla com várias faixas onde pessoas vem e vão
Montam-se infinitos quarteirões de desencontros no vão
De duas almas que pedem um pouquinho de fé.
Amadurecer é perceber que nem toda porta deve ser aberta.
É hora do meu coração ser feito praça, não é momento de ser
casa
Não é hora de murar minhas paixões que ainda têm asas
Que voam como águia sem presa certa.
Amadurecer é perceber que não é preciso encher o copo até
derramar
Pois tudo que se faz valer goteja homeopaticamente dentro da
gente
Não é carro sem freio que arrebata e a pessoa nem sente
Tem que bater aos poucos até a alma calejar.
J. Mário Cavalcante
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