A SOLIDÃO ME TIRA O SONO


O relógio já passa das três e eu aqui deitado virando de um lado para o outro numa briga épica com meu travesseiro como se ele fosse o culpado pela minha falta de sono, e os minutos vão passando, atormentando numa crescente, culpo meus problemas cotidianos como contas, responsabilidades adiadas, projetos inacabados essas coisas triviais que fazem parte do dia-a-dia, mas................. Sinceramente não é disso que se trata minha insônia. Então algo acontece naquele instante em que todos os pensamentos efervescentes repousam no fundo da memória e nesse breve momento de paz percebo que o que me tira o sono não são as trivialidades mas sim um vazio que começa a ganhar forma e no mesmo instante como uma apresentação em power point começam a surgir na minha frente vários olhares e todos têm algo em comum, parecem que todos já encontraram seu lugar no mundo e eu não encontrei nem uma posição para dormir.
 E no vai e vem dos minutos que se tornaram horas meus pensamentos continuam tentando encontrar explicações ou pelo menos alento tentando prever o futuro me perguntando. Qual será a próxima vez que não sentirei esse vazio de novo?
Será que você pensa em mim?
Será que já há um vislumbre no tempo de quem será?
E de serás vou construindo um conjuntura sócio filosófica de mim mesmo, divagando vou sonhando, construindo e me preparando para o que está por vir, que pode ser vagar por mais um tempo a esmo nos meus devaneios solitários ou encontrar cumplicidade bem dosada entre duas pessoas que agora querem dividir os mesmos instantes.

Comentários

  1. "Pra entender, basta uma noite de insônia, um sonho que não tem fim, um filme sem muita graça, uma praça sem muito sol, seis cordas pra guitarra, seiscentos anos de estudo ou seis segundos de atenção."

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