AGLOMERADO



Num espaço limitado, dezenas
De sonhos comprimidos
Dentro da pressa
Da vida cotidiana.

Olhares vagos, bocas perdidas
Silêncio existencial
De vidas que se cruzam
E não se sentem.

Intimo por um instante,
Ao sair pela porta
Dissolve-se entre as ruas,
Os carros, a fumaça, a noite…

Passam, passam, passam,
Não param, na mente a vida acontece
Enquanto a vida vai passando
Sem tomar nota do acaso.


J. Mário Cavalcante

Comentários